O sistema nacional de fomento, conjunto de instituições, em geral estatais, que ofertam crédito de longo prazo, teve um crescimento de 41% em sua carteira de crédito com micro e pequenas empresas em 2020, na comparação com 2019, atingindo R$ 210 bilhões. Mas a participação no total de financiamentos teve ligeira queda, de 30% para 28%. Os dados foram calculados para o Valor pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade que congrega as instituições do setor.
A entidade também destaca o papel desse segmento como provedor de crédito de longo prazo, com ao menos três anos.
”Um dado que é inédito é que, nos financiamentos de longo prazo, nós identificamos que o sistema nacional de fomento representa 71% de todas operações [incluindo para empresas maiores], um total de R$ 350 bilhões em 2020″, disse ao Valor, Sergio Suchodolski.
Segundo ele, a pandemia da covid-19 contribuiu para o crescimento mais forte do volume na carteira dessas instituições, não só pela demanda maior das empresas por dinheiro, mas também por conta da oferta de novos produtos ligados aos mecanismos de redução de risco (fundos garantidores) criados ou fortalecidos durante a crise.
Fonte: valor.globo.com