Ninguém antecipou a realidade que se impôs em 2020. De repente, todas as premissas para o ano foram severamente postas à prova, com desafios dos mais diversos. A crise da covid-19 reverberou por todas as esferas, com impacto profundo também nas economias e nos mercados financeiros.
Diante da turbulência nos mercados, esse tipo de aplicação financeira se confrontou, inicialmente, com uma incredulidade generalizada. Mas os FIDCs terminaram o ano superando expectativas. Demonstraram eficácia em proteger os patrimônios e em gerar retorno para os seus cotistas, além de terem sido incorporados em definitivo pelo mercado.
Mas o que são FIDCs?
De maneira resumida, os FIDCs trabalham com dívidas convertidas em títulos, que são repassados aos fundos por meio de securitização. Por exemplo: uma empresa vende um produto a prazo para um consumidor via cartão de crédito. As parcelas a serem pagas pelo consumidor podem ser vendidas para um FIDC na forma de direitos creditórios, permitindo à empresa antecipar o recebimento desses recursos em troca de uma taxa de desconto que, na outra ponta, remunera os investidores do fundo. Para a empresa, é uma alternativa de obtenção de crédito fora do caminho tradicional dos bancos.