O Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil (SINFAC-SP) fez um amplo levantamento para avaliar os impactos da pandemia no setor de fomento mercantil entre empresas de factoring, securitizadoras e empresas simples de crédito (ESCs) do Brasil. Em 2020, o mercado realizou um volume de operações 15% inferior a 2019, consequência das medidas de restrições da pandemia. Considerando só o mês de abril, um dos mais afetados pela crise, o movimento foi 64% inferior ao mesmo período do ano anterior.
Apesar das baixas em operações no início da crise, o mercado teve uma forte recuperação e mantem-se estável com viés de alta desde setembro do ano passado. São dados que integram o “Termômetro da Crise”, levantamento que o Gabinete da Crise do Sindicato passou a fazer para avaliar os efeitos da pandemia no setor.
Já as operações por entradas de caixa, índice que mostra o quanto o setor reinvestiu no próprio negócio, registraram índice médio anual de 92,05% em 2020. Outro indicador importante apurado pelo Sindicado é o índice de liquidez, que fechou o ano em 91,4%, o que mostra desempenho próximo ao de 2019. Vale destacar que esse índice no início da crise em 31/03 foi de 65,29%.
Somente os aproximadamente 280 Fidcs, que administram hoje um patrimônio de cerca de R$ 20 bilhões, iniciaram 2021 com cerca de R$ 5 bilhões em recursos em tesouraria. Isso derrubou as taxas de deságio que estão em torno de 1,5% a 3%, mas há quem consiga negociar taxas menores. As demais empresas do setor seguem a mesma tendência. As factorings, que já chegaram a comprar títulos com deságio de 4%, estão praticando taxas entre 2,5% e 3,5% para compra de recebíveis de micro, pequenas e médias empresas.
Já as ESCs, que tem uma escala menor e muito mais limitações, estão com juros superiores aos praticados pelas empresas de factoring, especialmente nas operações sem garantia neste início de ano. Instituídas há pouco menos de dois anos, o país já conta com 827 ESCs que totalizam capital social de R$ 376 milhões. Embora sejam investidores de menor porte dentro do setor de fomento mercantil, eles desempenham importante função social, pois é o único tipo de empresa do setor que pode fazer empréstimos, porém sem usar capital de terceiros.
“Apesar da continuidade da pandemia e seus reflexos, estamos bastante otimistas para 2021. Os resultados demonstram que as empresas de fomento estão injetando recursos na economia e operando com a flexibilidade que o cenário impõe, mas sem abrir mão das avaliações de risco” comenta Hamilton de Brito Júnior, presidente do SINFAC-SP. Somente no estado de São Paulo, estão ativas 1.703 factorings, 530 Securitizadoras e 262 ESCs, estas operam exclusivamente em suas cidades de origem e municípios limítrofes.
Fonte: portaldofomento.com.br
O SINFAC orienta que todos que puderem trabalhem em home office. Os que precisarem trabalhar presencialmente devem reforçar o atendimento aos protocolos de segurança, mantendo o distanciamento dos colegas, o uso de máscaras, higiene frequente das mãos e, se possível, fazer um sistema de rodízio entre o trabalho remoto e o presencial.
Almeja-se inúmeras aplicações imediatas do Open Banking no Brasil. Todas elas, de uma forma geral, trarão no mínimo ganho operacional, otimização e automação de tarefas:
• Extratos de movimentação bancária;
• Pagamentos;
• Cobrança/boletos.
Na prática, com o Open Banking, a tendência é que os sistemas integrem-se aos bancos, incluindo os maiores players de mercado, através de APIs. Por exemplo, o responsável pelo Financeiro da empresa conseguir realizar a conciliação diária de extratos e os pagamentos do dia (contas de consumo, folha de pagamento, impostos, fornecedores em geral etc.), assim como o responsável pela Cobrança realizar a Remessa e Retorno de cobrança de boletos, SEM precisar ir ao site dos bancos, diretamente do seu sistema de gestão ERP.
Os exemplos acima são apenas alguns dos benefícios do Open Banking, à medida que os bancos, principalmente os grandes, serão obrigados a disponibilizar as mais variadas integrações através das APIs. Os bancos digitais emergentes já nascem com essa disponibilidade para terceiros, mas agora os grandes bancos se abrem para as integrações com todo o tipo de ERP, com a devida segurança. Assim, o modelo vigente no mercado, onde as VANs fazem o papel de intermediário tecnológico privilegiado entre as empresas e os bancos, para a troca de arquivos, tende a se extinguir.
O benefício tecnológico da automação explicada acima é imediato, mas é claro que depende de investimento nas mais diversas integrações via API com os bancos.
No entanto, a agenda do Open Banking envolve muitas mudanças importantes, entre elas, a portabilidade de dados. Cria-se assim um cenário de grandes expectativas no mercado, principalmente pela criação de novos modelos de negócios diante de tanta transformação e “democratização” de operações bancárias.
Fonte: portaldofomento.com.br
A inadimplência no ano passado cresceu, mas se mostrou administrável. As fintechs já voltaram a emprestar, ajudaram grandes bancos a dar crédito para pequenas empresas com os recursos garantidos pelo governo e agora se preparam para o open banking, que permite um supercompartilhamento de dados e que vai acirrar a concorrência das empresas financeiras tradicionais com os bancões. A ABFintechs, uma associação do setor, estima que nos próximos cinco a dez anos as fintechs terão uma carteira de 300 bilhões de reais no Brasil, na medida em que o crédito como um todo avançar.
Fonte: portaldofomento.com.br
A carteira total de crédito deve apresentar crescimento de 7,3% em 2021 em relação ao ano anterior, impulsionada, principalmente, pelas linhas com recursos livres dos bancos. É o que aponta a primeira edição do ano da Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária e Expectativas. O percentual sinaliza a tendência de melhoria na avaliação do cenário se comparada com a registrada na edição da pesquisa realizada em dezembro, cuja projeção de crescimento para a carteira total era de 7,0%.
“Mesmo num cenário de grandes incertezas, elevado aumento do risco e de aguda retração econômica, o crédito, em 2020, funcionou como um muro de contenção e os bancos irrigaram a economia com forte expansão de sua carteira. Neste ano, o crédito continuará a ser fator relevante para impulsionar os negócios e alavancar a retomada das atividades. 2021 deve ser um ano igualmente desafiador, mas com boas expectativas de crescimento também robusto do mercado de crédito, liderado pelas linhas com recursos livres, que devem crescer novamente perto de dois dígitos”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.
O bom desempenho do mercado de crédito deve dar tração à atividade econômica. Para 47,6% dos analistas ouvidos, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 deve crescer entre 3% e 3,5%. Já 38,1% dos respondentes enxergam um cenário ainda mais otimista, com crescimento do PIB superior a 3,5%.
“Além da aceleração do plano de vacinação, que é premissa inafastável, outros fatores podem sustentar um crescimento mais robusto do PIB neste ano, como o cenário de baixa taxa de juros, no Brasil e no mundo, o baixo nível de estoques, a poupança acumulada e demanda reprimida e, ainda, a possibilidade de novos estímulos econômicos”, avalia Isaac.
A Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária é feita a cada 45 dias com instituições financeiras, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O levantamento, realizado entre os dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro, reuniu as percepções de 21 instituições financeiras sobre a última ata do Copom e as projeções para o desempenho do mercado de crédito para o ano corrente e o próximo. O número de instituições é 31% maior que os 16 ouvidos em dezembro.
A melhora na projeção de crescimento para a carteira total se apoia, principalmente, na expectativa mais positiva para as linhas com recursos livres, cuja expansão prevista subiu de 9,6% (na pesquisa de dezembro) para 9,9%. Esse bom desempenho é fruto tanto do crédito PJ, que teve o crescimento esperado previsto de 9,2% para 9,3%, quanto do crédito PF, de alta de 9,9% para 10%.
Redução da inadimplência
Houve melhora também na projeção para a taxa de inadimplência desta carteira, que recuou de 4% (edição de dezembro) para 3,7%. A inadimplência das linhas de crédito livre fechou 2020 em 2,9%, menor nível da série histórica, após uma atuação proativa dos bancos num robusto programa de repactuação. Para 2021, a expectativa é o retorno para o patamar de inadimplência do fim de 2019.
“Apesar de os analistas esperarem aumento da inadimplência, a elevação não deve ser tão significativa quanto se acreditava no início da pandemia”, explica o economista-chefe da FEBRABAN, Rubens Sardenberg.
No caso do crédito direcionado, após expressiva alta em 2020, especialmente em função dos programas públicos de crédito para micro e pequenas empresas, espera-se uma acomodação da carteira. O crescimento previsto para essa modalidade de crédito é de 3,7% em relação a 2020. Percentual ligeiramente maior do que os 3,4% registrados na pesquisa de dezembro.
Para 2022, a expectativa de crescimento da carteira total ficou em 6,9%. Semelhante ao esperado para este ano (7,3%). A expansão deve ser liderada pela carteira com recursos livres, que deve apresentar um desempenho 8,7% superior ao de 2021.
Taxa Selic deve fechar 2021 em 3,75% a.a.
O início do processo de elevação da taxa básica de juros não deve ser imediato, aponta a Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária e Expectativas. Para 61,9% dos analistas dos bancos ouvidos, O Copom deve iniciar o ciclo de elevação da taxa Selic apenas na reunião de maio, que ocorrerá nos dias 4 e 5.
A trajetória esperada pela mediana das projeções coletadas pelo levantamento aponta alta de 0,25 pp da Selic nas reuniões de maio, junho e agosto. Esse movimento ganharia força no encontro de setembro, quando a taxa subiria em 0,5 pp. Para o fim do ano, a projeção mediana é de 3,75% aa.
No entanto, mesmo que a Selic suba para 3,75% aa, ela ainda estaria perto de zero em termos reais e abaixo do que a maioria dos analistas considera como a taxa neutra da economia brasileira.
“Neste patamar, a taxa básica de juros mantém a política monetária estimulativa para a atividade econômica. Mas sem o grau extraordinário utilizado ao longo de 2020, dado que a economia não se encontra mais em nível tão deprimido”, avalia Isaac.
O índice de operações no mercado de fomento comercial foi de 84,91% em 2020, se comparado a 2019. Isso significa que, na média do ano, o mercado teve um movimento 15% inferior ao de 2019, o que é considerado um bom resultado. Para se ter ideia da evolução ao longo do ano, esse número era, em abril, de 36,30%, o que indicava uma redução de 64%. Esses dados integram o “Termômetro da Crise”, levantamento que o Gabinete da Crise do Sindicato passou a fazer para avaliar os efeitos da pandemia no setor.
Outro indicar importante é o de liquidez, que fechou o ano em 91,4%, o que mostra que o setor atuou bem próximo do desempenho de 2019. “Quando analisamos isoladamente os últimos meses do ano passado, percebemos que a tendência é de retomada para o patamar prévio à pandemia, visto que o índice de abril foi de 68,59%.
As operações por entradas de caixa registraram índice médio anual de 92,05% em 2020. Esse resultado mostra o quanto o setor reinvestiu no próprio negócio. Em abril, o índice foi de 60,65%. O setor de fomento comercial, mesmo com a crise e com aumento de risco, cumpriu sua função social de apoiar as micro e pequenas empresas.
Todo empresário sabe que, para atuar no mercado de forma competitiva, é necessário oferecer produtos e serviços a prazo. Seja para negócios entre empresas, seja para a transação com o cliente final. Prova disso é que no Brasil são emitidos diariamente mais de 1 milhão de recebíveis. São duplicatas, cheques pré-datados e vendas parceladas em cartões que movimentam os setores de serviços, indústria e comércio – fazendo a roda da economia e dos empregos girar.
Mas como resolver o dia a dia? As contas fixas e variáveis, a gestão dos estoques, a necessidade de expansão, o equilíbrio do capital de giro se uma boa parte dos rendimentos está fatiado em ganhos parcelados no futuro?
É aí que entra o fomento comercial, atividade que existe há décadas no País e que já auxiliou e auxilia centenas de milhares de empresas de todos os portes a se manterem no mercado e expandirem as suas operações.
As empresas de fomento antecipam para o presente um ganho que seria realizado no futuro. Por exemplo, se um comerciante realizou uma venda parcelada em, digamos, seis meses, mas necessita do montante agora, ele procura uma agência de fomento, antecipa esses recebíveis, mediante um deságio, e assim pode tocar suas obrigações e prioridades.
Estima-se que o setor é responsável pela manutenção de pelo menos três milhões de empregos diretos e indiretos, segundo a associação que representa o setor (ANFAC).
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios
No ano passado, no Brasil, houve um crescimento recorde de quase dois milhões de microempreendedores individuais. Isso se deve as demissões em massa e ao atual momento da economia brasileira. O diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit cita outros exemplos de MEIs que cresceram na pandemia. “Como exemplos de alguns segmentos que tem crescido muito como MEI são refeições, doces por encomenda, artesanato, cursos online, segmento de brincadeiras e jogos domésticos para crianças.”
O nascimento da maioria das MEIs se deve ao uso das redes sociais e da internet desde o inicio da pandemia. Presidente da Jeunesse no Brasil e CEO de duas consultorias em gestão empresarial, Lasaro do Carmo lançou o livro O que importa é seu resultado para orientar os novos empreendedores. “Quem vai ficar são os melhores. Eu senti o mercado no mínimo estranho, nos meus negócios eu não sofri financeiramente. E também surgiram novas oportunidades principalmente no e-commerce.” Com aproximadamente 25% da população adulta envolvida na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade, o Brasil conta com cerca de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas formalizadas.
Com a chegada da vacina contra a covid-19 e a esperança na recuperação da atividade, os investidores brasileiros se mostram otimistas com a economia e os mercados neste ano, em taxas superiores à média global e à da América Latina. Essa é a percepção capturada no “UBS Investor Sentiment”, sondagem que o grupo suíço faz periodicamente.
Nesta última coleta foram ouvidos mais de 4 mil investidores em 14 mercados entre o fim de dezembro e o começo de janeiro. No Brasil, a consulta incluiu 150 investidores e 50 empresários com pelo menos US$ 1 milhão em patrimônio financeiro ou receitas anuais.
Uma fatia de 75% dos brasileiros ouvidos disseram estar otimistas com a economia brasileira no curto prazo por causa da vacina, em comparação a 69% da sondagem feita três meses antes. No longo prazo, a parcela sobe para 85%. Na América Latina, 65% manifestaram uma visão positiva para a economia. Em linha com os resultados globais, 61% dos entrevistados da região mostram também ter uma visão positiva para o mercado acionário.
Já na média global, 60% dos entrevistados manifestaram essa visão favorável para a economia nos próximos 12 meses — a parcela era de 55% na consulta anterior. Uma porcentagem de 63% disse não acreditar, contudo, que a vida voltará ao normal nos próximos seis meses. Neste grupo, só 48% revelaram estar otimistas com a economia. Entre aqueles que esperam a volta à normalidade em seis meses, o otimismo é muito maior, 80%.
Entre os principais pontos citados para o sentimento positivo do brasileiro estiveram os progressos para a vacinação (80%), o boom do agronegócio (54%) e potenciais reformas microeconômicas (53%).
“Apesar de algumas manchetes enervantes neste ano, concordamos com a percepção que os investidores brasileiros têm sobre o futuro”, diz o chefe de investimentos para América Latina e emergentes do UBS, Alejo Czerwonko. Segundo o especialista, o cenário para o mercado financeiro e econômico global permanece benigno, com a política monetária destinada a permanecer muito favorável e a fiscal acompanhando a recuperação. Ao mesmo tempo, uma diversidade de vacinas ficando disponíveis permite que as economias aprofundem a retomada em 2021.
A pesquisa identificou, porém, como fontes de preocupação um eventual atraso na imunização (75%), as taxas de desemprego (58%) e o aumento da dívida em relação ao PIB (54%). O recorte de Brasil na pesquisa global do UBS foi antecipados para o Valor.
Sem bolha
As ações globais próximas de seus níveis recordes, apesar das crescentes preocupações com a disseminação de novas variantes do coronavírus, despertam preocupações sobre bolhas, mas não especificamente nas companhias já listadas, diz Czerwonko.
“Vemos várias pré-condições para bolhas, incluindo custos de financiamento recorde, novos participantes entrando nos mercados e baixos retornos prospectivos sobre ativos tradicionais que alimentam a especulação. Mas, em nossa opinião, embora o bitcoin pareça ser uma bolha e os mercados de IPO e ‘spac’ sejam os mais quentes em décadas, o mercado de ações mais amplo não está em uma bolha.”
Ele cita que grande parte do mercado apresenta “valuations” abaixo das máximas históricas. Ao se excluir tecnologia e consumo discricionário do MSCI All Country World, o índice é negociado com uma relação preço/lucro (P/L, que dá uma ideia do prazo de retorno do investimento) de 17,6 vezes, abaixo do topo de 19,1 vezes. O prêmio de risco de ações, em 6%, está acima da média de 4% desde 1998, indicando que ações permanecem atrativas em relação a títulos de dívida. E a alavancagem das empresas permanece contida até aqui, acrescenta o executivo.
O executivo diz esperar que o S&P 500 termine 2021 em torno de 4.000 pontos. “Vemos melhores perspectivas para partes do mercado com exposição cíclica, incluindo ações de mercados emergentes”, afirma Czerwonko.
Na sondagem com os investidores brasileiros, setores em transformação tecnológica (80%), investimentos sustentáveis (75%) e proteções em momentos de baixa do mercado (75%) aparecem no topo das preferências. A diversificação global também está entre as prioridades, com 86% dos investidores com intenção de aumentar a fatia alocada no exterior nos próximos 12 a 24 meses. Uma parcela de 67% dos entrevistados diz já ter conta no exterior.
Quando se trata de investimento sustentável, o engajamento vem de diferentes formas, com 65% citando o consumo pessoal, e 57% preferindo investimentos financeiros com esse viés. Parcela idêntica diz estar envolvida em causas sustentáveis como voluntários.
Investimentos sustentáveis
De qualquer forma, 61% dos entrevistados pelo estudo disseram ter alocação em investimentos sustentáveis, nicho que tem se tornado uma parte importante dos portfólios, com fatia igual ou superior a 30%.
A chave para investir em ativos de empresas com tal compromisso depende da identificação de novas oportunidades para 54% dos investidores; do aumento da diversificação geral (50%) e dos impactos da covid-19 (49%).
“A crise do covid-19 ressaltou a relevância das considerações ESG para o desempenho das empresas e dos retornos dos investimentos, e esperamos que isso continue a influenciar iniciativas corporativas e de investidores à frente”, diz Czerwonko. Para o executivo, os brasileiros devem considerar os benefícios de uma carteira diversificada mesmo naqueles investimentos com o viés da sustentabilidade.
Na América Latina como um todo, 70% dos pesquisados disseram acreditar que os investimentos sustentáveis entregarão melhores retornos do que os tradicionais, o percentual mais alto globalmente. Entre os brasileiros, há receios de baixa rentabilidade.
O UBS também ouviu empresários, com 82% mostrando confiança em seus negócios nos próximos 12 meses — na sondagem anterior, a parcela era de 70%. As notícias sobre a vacina (70%), as políticas monetárias encorajando investimentos (38%) e o impulso nos últimos anos (45%) foram os principais fatores listados.
Os empresários também veem potencial no foco da sustentabilidade nos próximos três anos, com o engajamento do cliente (84%), receitas (78%) e o engajamento dos empregados (62%).
Os empréstimos bancários no Brasil cresceram 15,4% em 2020, seu ritmo mais rápido desde 2012, mostrou uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada hoje (21). O crescimento foi impulsionado por empréstimos a empresas, que buscaram dinheiro para enfrentar a crise econômica decorrente da pandemia de coronavírus.
A carteira de crédito às empresas cresceu 21,7% em 2020, enquanto o crédito a pessoas físicas aumentou 10,8%, apurou a pesquisa da associação, que cobre 68% da carteira de crédito do país.
Os novos desembolsos para empresas vindos de linhas garantidas pelo governo dobraram ante 2019. Em dezembro, o crescimento da carteira total de crédito foi de 1,5%, oitavo mês consecutivo de crescimento, com as pessoas físicas e jurídicas crescendo no mesmo ritmo.